APPENDIX THREE: Texts written by students (examples)
In this section, we include texts written by students who took part in the project. As one may see in these texts, the language learning process was harmoniously articulated with the study of foreign cultures and with the critical thinking about citizenship issues. The texts in Portuguese were written by foreign students who had been living in Portugal for more than four years.
1. Texts written in English
1.1. Women's Rights
It is me who has to decide about my future!
The Al Saud (an Arab family) are having a great argument about Sara's future. Mohatma, the chief of the family, agreed with Haden Hossin, an old man who already had three wives, that Sara, his beautiful daughter, would marry him. But Sara doesn't agree with her father's decision, not only because she doesn't like this man, but also because she has a boyfriend whose name is Hadnav Henalat.
Sara: Father, I hate that man! You cannot do this to me!Father: Shut up, Sara, I'm your father and I know what is best for you. You have to marry Haden Hossin.
Sara: But, Father…
Father: Sara, he has a great house, lots of money, and he is a VIP! What more do you want? You will be a happy girl.
Sara: No, I won't marry him. I want to marry Hadnav. You won't decide my future for me! I have my own rights!
Patrícia Salvador, Célia Paz e Ana Cristina – Vila Real de Santo António Secondary School, 10th form
1.2. Homelessness
To work or not to work: that is the question
Some people say that the homeless do not work because they do not want to. People say that because when they were young, they themselves had the opportunity to complete their education. Since their parents had enough money to support them, they could afford going to school and university.
On the other hand, most of the homeless did not have that opportunity. Nowadays, people can only work if they finish school. From my point of view, this is very unfair because everybody needs a job to survive.
Célia Paz – Vila Real de Santo António Secondary School, 10th form
Work and Homelessness
From my point of view, in today's booming economy it is easy to get a job; the problem is that some homeless people simply do not want to work. On the other hand, that does not happen with all of them. When we talk about homelessness, we talk about living apart from society and having difficulties. Whenever the homeless try to get a job, they are rejected, just because they are homeless. No one gives them a job. Would you? I believe that, in part, today's booming economy itself is responsible for this situation.
Juliana Silvestre – Vila Real de Santo António Secondary School, 10th form
1.3. Humanitarian Organisations
Working for UNICEF
In the first place, I must say I love children.I would like to join UNICEF and go to Africa to help children in need. Many of these children have problems: they are poor and hungry, some of them do not have a family, some have physical disabilities. They really need our help. Besides, if I went to Africa as a volunteer, it would be a great way of gaining maturity and responsibility. I would feel and act like an adult, I would be an independent and self-sufficient person.I would like to teach the children how to read and write, I would play and sing with them. I know that I would have to work hard, but it would be worthwhile. Don't you agree with me?
Joana Rodrigues, Vila Real de Santo António Secondary School, 10th form
1.4. Freedom
Freedom is...… flying without wings.… thinking and saying whatever you want.… doing what comes to your mind.… flying higher than birds, swimming deeper than fish, dreaming with the whole universe without anyone telling you to stop.… having opportunity of choice, of decision, of expression, of thought.… beautiful.
Jorge Mendes, Vila Real de Santo António Secondary School, 10th form
1.5. Family
Family Problems
Kate: Father, have you got a minute? I have to talk to you… It's a serious matter.
Father: Of course, my dear. What's the matter? You look strange… What's the problem?
Kate: Well, you know, I'm 19 and… I'd like to tell you that… I have a boyfriend and we intend to get married.
Father: What?! That's impossible! You're joking, aren't you?
Kate: Actually, I'm not… I'm in love, father, and he is so good to me.
Father: Who is he? What does he do?
Kate: His name is Mathew. His family… well, actually he doesn't have a family. Helives in a children's home. He studies at my school.
Father: It's out of the question! No way!
Kate: Father, I love Mathew and I'm going to marry him, no matter what you think!
Célia Silva, Joana Rodrigues – Vila Real de Santo António Secondary School, 10th form
2. Texts written in German
2.1. Bürgerinitiativen
Sehr geehrter Bürgermeister:
Ich scheibe diesen Brief wegen der Verschmutzung unserer Stadt. Es gibt Müll auf der Strasse, die Luft stinkt und das Wasser ist nicht rein. Die Kinder können weder auf der Strasse noch am Strand spielen. Die Leute sind traurig und empört, und ich schreibe im Namen der Bürger. Wir kämpfen gegen die Umweltverschmutzung. Wir können und sollen etwas für die Stadt tun, aber Sie müssen helfen. Das Rathaus muss auch etwas tun.
Mit herzlichen Grüssen
Pedro Bandarra
Pedro Bandarra – Vila Real de Santo António Secondary School, 11th form.
Sehr geehrter Minister:
Wir scheiben diesen Brief, weil die Umweltverschmutzung in unserer Stadt den Leuten stört. Die Bürger sind mit der Müllabfuhr nicht zufrieden. Es gibt Müll überall. Auberdem wirft die Fabrik gefährliche Chemikalien in die Luft und ins Wasser. Unsere Stadt braucht reines Wasser, reine Luft und Grünanlage. Vielen Dank.
Mit herzlichen Grüssen
Tatiana Botequilha und João Nunes
(Vila Real de Santo António Secondary School, 11th form.)
(Vila Real de Santo António Secondary School, 11th form.)
3. Texts written in Portuguese
3.1 Parodiando um soneto barroco
PRAGAS SE CHORAR MAIS POR UMA DAMA CRUEL
Não sossegue eu mais que um bonifrate,
De urina sobre mim se vase um pote,
As galas que eu vestir sejam picote,
Com sede me dêem água em açafate,
Se jogar o xadrez, me dêem mate,
E jogando às trezentas, um capote,
Faltem-me consoantes para um mote,
E sem o ser me tenham por orate,
Os licores que beba sejam mornos,
Os manjares que coma sejam frios,
Não passeie mais rua que a dos fornos,
E para minhas chagas faltem fios,
Na cabeça por plumas traga cornos,
Se os meus olhos por ti mais forem rios.
D. Tomás de Noronha, Fénix Renascida, V
3.1 Parodiando um soneto barroco
PRAGAS SE CHORAR MAIS POR UMA DAMA CRUEL
Não sossegue eu mais que um bonifrate,
De urina sobre mim se vase um pote,
As galas que eu vestir sejam picote,
Com sede me dêem água em açafate,
Se jogar o xadrez, me dêem mate,
E jogando às trezentas, um capote,
Faltem-me consoantes para um mote,
E sem o ser me tenham por orate,
Os licores que beba sejam mornos,
Os manjares que coma sejam frios,
Não passeie mais rua que a dos fornos,
E para minhas chagas faltem fios,
Na cabeça por plumas traga cornos,
Se os meus olhos por ti mais forem rios.
D. Tomás de Noronha, Fénix Renascida, V
Se desta vez conseguir passar o ano…
Eu fazia tudo p'ra passar o ano:
Até pintava a cara de alcatrão,
Pintava mesmo as escadas com a mão,
Limpava a minha cara com um pano,
Estudava eu as matérias todas,
Até aprendia bem a matemática,
E, claro, não deixava a informática,
Incluso eu comprava as novas modas,
Até me casaria com a escola,
Como o Director de Turma dizia,
Juntava todo o cérebro com uma cola;
P'ra não ter esta tristeza na vida,
Todas estas coisas eu fazia
Se desta vez vez conseguir passar o ano.
Maaike de Rijte – José Belchior Viegas Secondary School, 11th form
Eu fazia tudo p'ra passar o ano:
Até pintava a cara de alcatrão,
Pintava mesmo as escadas com a mão,
Limpava a minha cara com um pano,
Estudava eu as matérias todas,
Até aprendia bem a matemática,
E, claro, não deixava a informática,
Incluso eu comprava as novas modas,
Até me casaria com a escola,
Como o Director de Turma dizia,
Juntava todo o cérebro com uma cola;
P'ra não ter esta tristeza na vida,
Todas estas coisas eu fazia
Se desta vez vez conseguir passar o ano.
Maaike de Rijte – José Belchior Viegas Secondary School, 11th form
Promessas
Eu dava vinte seis voltas ao mundo,
Mergulhava no mar até ao fundo,
Escrevia dez testes de seguida,
Mesmo se fossem de Ciência da Vida.
Fazia um seminário sobre arte,
E nunca mais comia chocolate,
Lia o Eça de Queirós quatro vezes,
Não via televisão durante meses.
Todo o tempo passo a pensar nele;
Por isso eu fazia do seu nome
Uma tatuagem na minha pele.
Comprava-lhe flores, um grande ramo,
Simplesmente fazia quase tudo
Se ele me amasse como eu o amo.
Laura Anna Genné – José Belchior Viegas Secondary School, 11th form
3.2. Reflectindo sobre o texto de Antero de Quental, Causas da Decadência dos Povos Peninsulares
Causas da Prosperidade dos Povos Desenvolvidos e da Decadência de Portugal nos Dias de Hoje
Existem países no mundo que estão bastante desenvolvidos, económica e tecnologicamente. Entre os países desenvolvidos estão os Estados Unidos, o Japão, a França e a Inglaterra, onde se regista uma grande produtividade e uma prosperidade económica assinalável. Os Estados Unidos, por exemplo, são um dos maiores países produtores de bens. O Japão é também um país com uma elevada produtividade. Marcas como a Yamaha e a Mitsubishi, entre outras, são proveniente do Japão. Os países que têm uma grande indústria exportam para outros países os seus produtos, onde estes são bastante apreciados e populares. É desta maneira que os Estados Unidos se tornaram no país mais poderoso do mundo.
Causas da Prosperidade dos Povos Desenvolvidos e da Decadência de Portugal nos Dias de Hoje
Existem países no mundo que estão bastante desenvolvidos, económica e tecnologicamente. Entre os países desenvolvidos estão os Estados Unidos, o Japão, a França e a Inglaterra, onde se regista uma grande produtividade e uma prosperidade económica assinalável. Os Estados Unidos, por exemplo, são um dos maiores países produtores de bens. O Japão é também um país com uma elevada produtividade. Marcas como a Yamaha e a Mitsubishi, entre outras, são proveniente do Japão. Os países que têm uma grande indústria exportam para outros países os seus produtos, onde estes são bastante apreciados e populares. É desta maneira que os Estados Unidos se tornaram no país mais poderoso do mundo.
Portugal não tem uma indústria desenvolvida nem é muito reconhecido no mundo. Mas também não precisa de ser um país geograficamente grande para ser desenvolvido, precisa de ter uma indústria produtiva. O Japão, não sendo, geograficamente, um dos maiores países do mundo, é um dos mais desenvolvidos. Os seus produtos estão espalhados pelo mundo inteiro. A sua tecnologia é utilizada no dia-a-dia das pessoas. Marcas como a Nintendo têm uma enorme influência na economia do país.Portugal, pelo contrário, não tem grandes marcas que sejam reconhecidas e comercializadas mundialmente. As soluções para Portugal se tornar num país mais desenvolvido passam por investir e expandir a indústria, como que já era dito no texto de Antero. Deve também incentivar-se os cientistas portugueses a não trabalharem no estrangeiro. Muitos dos cientistas que trabalham nos Estados Unidos são provenientes de Portugal e de outros países europeus. Se os cientistas portugueses se dedicassem à investigação trabalhando na sua pátria, os outros países reconheceriam mais o valor de Portugal. Além disso, estariam a contribuir para desenvolver a indústria nacional.Por outro lado, é também necessário apostar em negócios competitivos. Os investimentos no estrangeiro podem e devem trazer uma grande prosperidade para Portugal. A competitividade do comércio e dos serviços português pode levar a melhorar o nível de desenvolvimento do país. Deviam os portugueses aprender com o exemplo inglês, onde a competitividade entre seguradoras, bancos, clínicas, etc. leva os empresários a oferecerem melhores produtos e serviços aos seus clientes e a criarem melhores condições para atrair mais clientes.
Estes factores – indústria, investigação científica e competitividade –, se forem bem conduzidos, terão um grande impacto no desenvolvimento de Portugal. A meu ver, é nos problemas que encontramos nestes domínios que estão algumas das causas da decadência de Portugal nos dias de hoje. Antero de Quental, há quase cento e cinquenta anos, já tinha compreendido algumas dessas causas.
Ross Kelly, José Belchior Viegas Secondary School, 11th form
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